Por Alex Ribeiro
Do Blog da Folha
As eleições de
Petrolina quase sempre são caracterizadas por disputas oligárquicas entre as
famílias da região. O clã que mais se destaca historicamente no poder local são
os Coelho. No pleito do próximo ano, eles devem, mais uma vez, lançar um
candidato à prefeitura. O deputado federal Fernando Filho (PSB) e seu irmão, o
deputado estadual Miguel Coelho (PSB), podem disputar o cargo. Contra eles,
provavelmente, estará o postulante indicado pelo atual prefeito reeleito Julio
Lóssio (PMDB). Ao lado do peemedebista deve estar outro ramo da família, o
liderado por Osvaldo Coelho e pelo atual vice-prefeito, Guilherme Coelho
(PSDB). O deputado federal Adalberto Cavalcanti (PTB) também poderá á entrar no
páreo. Outro nome cotado é o deputado estadual Odacy Amorim (PT), que já
administrou o município.
O petista disse que
está aberto ao diálogo com todos os partidos, inclusive, com o próprio PSB. “Eu
tenho um projeto para a cidade. Estou disponível para conversar com todas as
forças políticas. A gente também pode conversar com o PSB. Sentar na mesa para
conversar”, confessou Odacy, que completou: “Quero também melhorar a
infraestrutura do nosso município com a duplicação da BR-232. Quero discutir um
projeto para que a via seja duplicada de Petrolina até Lagoa Grande. Não
podemos esperar a duplicação vinda do Recife”.
O deputado federal
Gonzaga Patriota (PSB) – que disputou por três vezes o cargo, mas não conseguiu
se eleger em nenhuma das disputas – , defende uma aliança dos socialistas com
Odaçy, que já foi filiado ao próprio PSB.
“Ele é um político
respeitado em Petrolina. Eu acho que uma junção do PSB com Odacy Amorim pode
ser viável. Ele pode fazer coligação do grupo dele para ser vice na chapa do
PSB e, ao mesmo tempo, ter o compromisso desse socialista (candidato à
Prefeitura) em eleger ele para deputado federal”, analisou Patriota.
Ele não descartou uma
possível candidatura à Prefeitura, mas disse que seria apenas a terceira opção
do partido. “Já tive a oportunidade de disputar. Inclusive, acho que teria
ganho de Lóssio, em 2012, mas Eduardo (Campos) me chamou e disse que eu não era
mais candidato, porque eu já tinha sido candidato por três vezes. Como Eduardo
mandava em mim, mesmo ele sendo mais novo (eu o considerava como um pai),
acabei apoiando Fernando Filho”, relembrou Patriota, sobre o pleito de 2012,
onde Fernando Filho acabou em segundo lugar.
Além de Patriota e de
Fernando Filho, o PSB de Petrolina ainda conta no Senado com Fernando Bezerra
Coelho e na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) com os deputados
Miguel Coelho e Lucas Ramos. O número de parlamentares do partido oriundos da
cidade faz dos socialistas a sigla com mais representatividade no local.
Apesar da dinamicidade
da política, é quase improvável pensar que os socialistas abram mão de disputar
o cargo majoritário local. Fernando Bezerra Coelho já chegou a estar à frente
da administração da cidade. “Acho muito difícil não acontecer (uma
candidatura). O PSB tem quatro deputados. Não tem outra cidade com esse número.
Deveremos colocar nossas ideias em prática. O que foi feito nos oitos ano do
governo de Eduardo Campos podem ser utilizados também em Petrolina”, afirmou
Fernando Filho.
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