sábado, 18 de abril de 2015

RESPEITO AO CICLISTA AGORA NA PROVA PRÁTICA DO DETRAN-PE

Motoristas e ciclistas mais próximos, respeitando-se mutuamente e exercendo a civilidade numa das áreas mais difíceis de se exercer: o trânsito. Essa é a intenção do Detran-PE ao incluir nos testes práticos de habilitação o respeito à distância mínima que os automóveis precisam guardar dos ciclistas. A partir desta sexta-feira (17/4), todos os futuros motoristas habilitados terão que passar a pelo menos 1,5 metro de uma bicicleta estática que foi instalada no pátio de provas do órgão, na Iputinga, Zona Oeste do Recife, com um manequim simbolizando um ciclista. O respeito à distância de 1,5 metro é previsto no Artigo 201 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) desde que entrou em vigor, em 1998, mas ainda é pouco conhecido por muitos motoristas e quase nunca respeitado nas ruas.
Por enquanto, a medida é apenas educativa. Ou seja, os candidatos que não respeitarem a distância não serão reprovados. Mas a partir de 1º de julho a coisa é para valer. Quem passar a menos de 1,5 metro da bicicleta e do ciclista estáticos no pátio de provas perderá dois pontos na avaliação. Quem encostar ou bater no ciclista será reprovado. “Estamos dando uma contribuição para harmonizar a relação do motorista com o ciclista. Há um mês iniciamos o processo educativo. Treinamos 2.541 instrutores de trânsito dos Centros de Formação de Condutores (CFCs) para que eles repassassem os ensinamentos aos candidatos durante as aulas teóricas e práticas. Também incluímos questões nos exames teóricos. Agora partimos para a prática. Instalamos a primeira bicicleta estática no pátio da sede do Detran e até o fim de maio estaremos instalando nos outros 19 pátios das Ciretrans do Estado”, explicou o presidente do Detran-PE, Charles Ribeiro.

A realidade do pátio do Detran-PE, entretanto, é bem diferente da rua. No teste, o candidato tem duas faixas para trafegar quando passa pelo ciclista, que está parado. Nas ruas isso raramente acontece. O condutor está em vias estreitas ou repletas de carros e o ciclista quase sempre está espremido entre os automóveis e a calçada. Com o agravante das “valas” que existem neste espaço. “Sabemos que a realidade é bem diferente disso, mas não temos como reproduzir no pátio de testes os problemas reais do trânsito, como os acidentes e até mesmo os assaltos. Acreditamos que, mesmo assim, estamos criando a cultura da consciência no novo motorista. Ele vai para a rua sabendo da distância que deve mater da bicicleta e respeitando mais o ciclista”, avalia Charles Ribeiro.

Fotos: Guga Matos/JC Imagem

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