O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
foi afastado do cargo após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco
Aurélio Mello acatar ação cautelar da Rede Sustentabilidade. A Rede entrou com
pedido de afastamento de Renan nesta segunda-feira, alegando impedimento
incontornável do peemedebista de se manter na liderança da Casa após ter virado
réu no STF por crime de peculato. O pedido foi aceito nesta mesma segunda pelo
ministro Marco Aurélio. A decisão precisa ser referendada pelo plenário da
Corte, que ainda não marcou data para o julgamento.
Em sua ação, a Rede argumentou que Renan não pode
mais permanecer na linha sucessória da Presidência da República. O senador
Jorge Viana, do PT do Acre, assume a presidência do Senado por enquanto. O
senador foi o principal alvo das manifestações deste domingo, quando milhares
de pessaos foram às ruas em 18 Estados do Brasil para apoiar a Lava Jato e
protestar contra as mudanças feitas pela Câmara no pacote anticorrupção. As
manobras do senador para debater um projeto de abuso de autoridade em regime de
urgência caiu como um soco de estômago para os brasileiros.
A decisão do Supremo gerou uma clima de tensão entre
os senadores e no Governo Temer, às vésperas da votação da PEC 55, antiga PEC
241, que está prevista para ser votada no dia 13 no Senado. Uma reunião de
emergência foi marcada no Palácio do Planalto para esta noite com o senadores
Romero Jucá (PMDB-RR) e Eunício de Oliveira (PMDB-CE).
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