A horda de fascistas que invade as redes sociais vê agora no presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a chance mais possível de
promover o golpe com a deposição da presidente Dilma Rousseff (PT). Com apoio
de figuras nefastas como o roqueiro Lobão, inicia-se pelo Facebook e pelo
microblog Twitter campanhas de ódio e de violência contra Dilma e contra o PT,
defendendo uma união em torno do deputado fluminense.
Cunha decidiu ir para a oposição depois que foi delatado pelo lobista
Júlio Camargo na Operação Lava Jato por ter recebido uma propina de US$ 5
milhões para não atrapalhar supostos esquemas na Petrobras. Ele atribui a
delação a uma articulação esdrúxula entre o Palácio do Planalto e a
Procuradoria Geral da República.
Ainda inicial, o movimento estimula tags como #seaDilmacair,
#fechadocomcunha e #CunhaExplodeOGoverno e traz argumentos assustadores para
defender a coerência de Cunha e tática dos fins justificam os meios. Exemplo: o
perfil denominada @leticiaoliveira, notória fascistóide, escreveu: “Se o Cunha
é bandido ou não, agora não importa. A ordem é tirar o PT do poder e hoje ele é
o único político capaz de realizar esse feito.”
Numa imagem que ilustra um cartaz de “Procura-se”, a turma fascista
associa a presidente da República a um criminoso comum, aludindo sua
participação em ações contra a ditadura militar (Dilma foi militante do
VAR-Palmares, presa e torturada pelo regime). Na foto, ela está ao lado de uma
metralhadora e lê-se os dizeres “Procurada viva ou morta”.
Defensor de uma pauta ultraconservadora na Câmara, que envolve o
financiamento privado das campanhas, a redução da maioridade penal e a
vinculação religiosa do Estado, Eduardo Cunha é a personificação d que há de
mais retrógrado na sociedade brasileira, que tem ganhado força e voz pela
internet.
Fonte: Brasil 247
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