A comunitária Polyana Suenny não sabe mais a
quem recorrer para retirar, do Residencial Monsenhor Bernardino, uma família
que invadiu sua casa há quatro meses. Ela conta ter acionado a Celpe, que
cortou a energia da casa invadida, mas os ocupantes chegaram a fazer uma
ligação clandestina (conhecida por ‘gambiarra’) no local. Polyana ainda tomou
conhecimento que a taxa d’água mensal da Compesa vem sendo paga pelos
invasores. Ela não é a única nessa situação. Segundo o vereador governista
Ronaldo Silva, em torno de 160 famílias ocupam o Residencial. Mas Ronaldo fez
uma grave denúncia sobre o assunto.
Segundo o vereador,
um colega seu de Casa Plínio Amorim estaria incitando a invasão ao Monsenhor
Bernardino, sob a justificativa que há apartamentos desocupados, mesmo os
contemplados já terem sido sorteados.
Ronaldo ficou sabendo
disso após ter sido procurado em seu gabinete, na Câmara Municipal, por uma
senhora que foi lhe pedir informações sobre como proceder para ganhar uma
moradia no programa ‘Minha Casa Minha Vida’.
“Disse a ela para ir à Secretaria de Habitação,
fazer sua inscrição e aguardar o sorteio. Aí ela me informou que procurou esse
vereador e ele disse para que ela invadisse o residencial porque tem pessoas
que já foram sorteadas, mas não foram morar e as casas estão desocupadas. E
esse vereador também afirmou a ela que ninguém a tiraria de lá”, revelou
Ronaldo.
O governista não
revelou o nome do colega que teria sugerido à comunitária invadir o
residencial. No entanto, garantiu ter provas cabais sobre o fato e as levará à
tribuna na primeira sessão legislativa neste semestre, no próximo dia 4 de
agosto. Ronaldo disse que uma recente reunião entre representantes da Caixa
Econômica, Ministério Público e prefeitura definiu que os invasores serão
retirados pela Polícia Federal. “Eu oriento
que a Polícia Federal, antes de ir ao residencial retirar essas pessoas,
procure também o vereador que está incentivando as pessoas a invadirem, porque
isso é crime”, declarou.
Denúncias
Ronaldo admitiu
“brechas” no programa, que permitem algumas falhas. Mas assegurou que a
fiscalização, de responsabilidade da Caixa, já culminou na retomada de
residências dos contemplados que tentaram burlar o cadastramento. Ele informou
ainda receber várias denúncias desse tipo em seu gabinete, e todas são
encaminhadas à Ouvidoria Municipal.
Fonte: Assessoria
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