O petrolinense Fernando Filho, líder do PSB na Câmara dos
Deputados, foi confirmado como um dos integrantes da comissão especial que dará
parecer sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) na
Casa.
Além dele o PSB
confirmou outro pernambucano, Tadeu Alencar, e mais o deputado Danilo Forte (do
Ceará) na comissão.
Os nomes foram
escolhidos por meio de votação da bancada. O quarto integrante do partido na
comissão será escolhido entre Luiza Erundina (SP), Bebeto (BA) e João Fernando
Coutinho (PE), que ficaram empatados em quarto lugar. Os parlamentares do PSB
votam neste momento para decidir quem será o escolhido. A ideia é que os dois
que sobrarem fiquem na suplência, ao lado dos outros dois suplentes já
escolhidos: José Stédile (RS) e Paulo Fuletto (ES).
Voto unitário
O líder da bancada
ressaltou que o voto dos quatro integrantes na comissão especial será unitário.
“Está todo mundo muito consciente disso.
Fizemos questão de ressaltar que as posições pessoais não devem se sobrepor a
decisão do partido”, destacou. Apesar de afirmar que hoje a ala
pró-governo na bancada é minoritária, ele ponderou que a decisão final só será
tomada em reunião da Comissão Executiva Nacional, na quarta-feira (9).
Diante da decisão da
bancada de votar unitariamente, há uma preocupação caso Erundina ou Bebeto
sejam eleitos. A deputada é uma das fundadoras do PT, partido pelo qual chegou
a se eleger prefeita de São Paulo, e já se declarou contra o impeachment em
entrevistas recentes. Já Bebeto é ligado ao PT da Bahia e ao ministro-chefe da
Casa Civil, Jaques Wagner.
Um dos escolhidos
para a comissão especial, Danilo Forte afirmou que, “pessoalmente“,
pelos fatos que já foram divulgados e sem olhar a defesa de Dilma, deve votar “a
favor do desejo de mudança“, ou seja, pelo impeachment. Para ele, a discussão
sobre a legalidade ou não do processo é uma etapa “vencida“.
“É legal, é constitucional, sim“, disse
o deputado, que já foi filiado ao PMDB.
Fonte: Estadão
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