Através de nota, a assessoria do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB)
reforça o seu posicionamento, a respeito da investigação que aconteceu nessa
terça (15) como parte da Operação Catilinárias da Polícia Federal, além de
esclarecer detalhes sobre a Operação Vidas Secas.
Confira:
“Sobre a Operação Catilinárias, o senador ratifica e reitera sua
confiança no trabalho das autoridades que conduzem este processo
investigatório, acreditando no pleno esclarecimento dos fatos, e continua, como
sempre esteve, à disposição para colaborar com os ritos processuais e fornecer
todas as informações que lhe forem demandadas.
Em relação à Operação Vidas Secas, Fernando Bezerra esclarece que, ao
assumir o Ministério da Integração Nacional (MI), em 1º de janeiro de 2011, as
obras em questionamento já estavam em plena execução.
No primeiro ano de gestão do MI, foi realizado um minucioso trabalho de
replanejamento na execução das obras, passando pela renegociação e o
encerramento dos contratos antigos, levantamento dos serviços a executar,
agilização dos projetos executivos e abertura de novas licitações para obras e
serviços remanescentes. Também foi instituída uma equipe de fiscalização
coordenada por servidores concursados e não mais por funcionários
terceirizados.
Em particular, seja por metodologia de gestão seja pelo fato de as obras
serem alvo de polêmicas, o então ministro Fernando Bezerra determinou uma
detalhada análise em todos os contratos do Projeto de Integração do Rio São
Francisco (Pisf), a fim de detectar eventuais incorreções e falhas no
empreendimento. Para tanto, solicitou, inclusive, o apoio do Tribunal de Contas
da União (TCU) e da Controladoria Geral da União (CGU).
Quando irregularidades foram identificadas pela gestão de Fernando
Bezerra Coelho, o Ministério da Integração Nacional adotou todas as medidas
legais para a apuração de responsabilidades. Prova disso é que, durante o
período em que Fernando Bezerra esteve à frente do ministério, foram
instaurados processos investigativos para a aplicação de penalidades relativas
a diferentes lotes.
No caso específico do Consórcio OAS/Galvão/Barbosa Mello/Coesa, o TCU
realizou auditoria em campo (que resultou no Acórdão 2.628/2011) e, em setembro
de 2011, encontrou indícios de irregularidades na execução dos Contratos
29/2008-MI e 30/2008-MI, firmados em 2008.
Ao final daquele mesmo ano (2011), o próprio Ministério da Integração
Nacional concluiu seu levantamento interno. Por consequência, o então ministro
Fernando Bezerra determinou a instauração de processo investigativo – por meio
da Portaria 68/2012/SIH/MI – a fim de que, após ser oportunizado direito de
defesa, o consórcio pudesse ser advertido, multado e cobrado por valores
recebidos indevidamente. Cálculos estimados pelo Ministério da Integração
apontaram, àquela época, que os valores a serem ressarcidos pelo consórcio
deveriam se aproximar de R$ 15,2 milhões.
Vale salientar que, até a chegada de Fernando Bezerra Coelho ao
Ministério da Integração Nacional, os serviços constantes dos contratos
firmados com o Consórcio OAS/Galvão/BarbosaMello/Coesa já haviam sido
remunerados em percentuais bastante significativos, da seguinte forma:
ü Contrato 29/2008 (Lote 11): só 10,46% dos custos desta obra foram
pagos na gestão de Fernando Bezerra Coelho. Ou seja, 89,54% do valor da obra –
o que equivale a R$ 291,7 milhões – foram pagos antes da chegada de Fernando
Bezerra ao MI.
ü Contrato 30/2008 (Lote 12): só 12,82% dos custos desta obra foram
pagos na gestão de Fernando Bezerra Coelho. Ou seja, 87,18% do valor da obra –
o que equivale a R$ 130,9 milhões – foram pagos antes da chegada de Fernando
Bezerra ao MI.
A gestão de Fernando Bezerra à frente do Ministério da Integração
Nacional terminou em 1º de outubro de 2013″.
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