As operadoras de telefonia celular receberam determinação judicial nesta
quarta (16) para bloquear o funcionamento do aplicativo WhatsApp em todo o
território nacional por 48 horas.
As teles, por meio do Sinditelebrasil, afirmam que cumprirão a
determinação judicial que passa a valer a partir de 0h desta quinta (17).
A medida foi imposta sob pena de multa pela Justiça de São Paulo por
meio de uma medida cautelar, mas o autor da ação está mantido sob sigilo.
As teles já vinham reclamando ao governo que é preciso regulamentar o
serviço do aplicativo, que faz chamadas de voz via internet. Para elas, esse é
um serviço de telecomunicações e o WhatsApp, e demais aplicativos do gênero,
não poderiam prestar porque não são operadores.
CASO ANTERIOR
Em fevereiro, um caso parecido ocorreu no Piauí, quando um juiz também
determinou o bloqueio do WhatsApp no Brasil. O objetivo era forçar a empresa
dona do aplicativo a colaborar com investigações da polícia do Estado
relacionadas a casos de pedofilia.
A decisão foi suspensa, porém, por um desembargador do Tribunal de
Justiça do Piauí após analisar mandado de segurança impetrado por companhias de
telecomunicações.
PIRATARIA
Recentemente, o presidente da Vivo, Amos Genish, disse em um evento que
o aplicativo prestava um serviço "pirata" e defendeu regulamentação.
"Não tenho nada contra o WhatsApp, que é uma ferramenta muito boa,
mas precisamos criar regras iguais para o mesmo jogo", disse.
"O fato de existir uma operadora sem licença no Brasil é um
problema", afirmou Genish, em referência ao serviço de voz do aplicativo.
Para o executivo, o WhatsApp estaria funcionando, na prática, como uma
operadora de telefonia.
Fonte: Folha de São Paulo
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