O presidente do TJPE,
desembargador Frederico Neves, revela que os dados levantados no Sistema de
Acompanhamento e Movimentação Processual do 1º Grau da cidade de Petrolina
demonstra que a violência contra a mulher cresceu de forma descontrolada. Em Petrolina,
a análise da evolução dos números dos últimos seis anos aponta um aumento
superior a 200% dos casos registrados. A Delegacia da Mulher de Petrolina, registrou,
nos últimos levantamentos, 617 casos de violência contra a mulher. As
estatísticas de uma realidade comum à cidade alarmou o Poder Judiciário. O
presidente Frederico Neves revela, ainda, que as informações retiradas do
Sistema de Acompanhamento e Movimentação Processual do 1º Grau “levam a
concluir” que em comarca os processos relacionados à violência contra a mulher
“correspondem a 30% do acervo processual das varas criminais”. Um percentual
grande sobre acervo de processos “já bastante expressivo”.
Para enfrentar a
crescente realidade, o desembargador alega ser necessário criar uma vara “com
competência exclusiva” para julgar os crimes de violência doméstica e familiar
contra a mulher. A criação da vara especializada, afirma Neves, “vai reduzir a
carga de trabalho dos juízes das varas criminais de Petrolina”, que ele
reconhece estar congestionadas. O TJPE possui, atualmente, sete Varas de
Violência Doméstica e Familiar contra Mulher no Estado: Recife (duas), Olinda,
Jaboatão dos Guararapes, Igarassu, Camaragibe e Cabo de Santo Agostinho.
O TJPE está
encaminhando a Assembléia Legislativa de Pernambuco o PL 01/2015 que propõe a
criação de 02 (duas) Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher,
uma na comarca de Caruaru e a outra em Petrolina, ainda, 34 cargos de juiz no
interior, mais uma Vara Cível e dois de 3ª entrância de Vara de Execução de
Títulos Extrajudiciais no Recife.
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