A CIDADE DE
PETROLINA
Autor: Antônio Aurélio Felix (Gordo)
A cidade de Petrolina
É uma cidade afamada
Não tem serras nem colina
Passa um rio altaneiro
Que vem lá de cima
Mas cresce de forma desordenada
Na cidade setembrina
Deste sertão brasileiro
“Ta faltando um boi vaqueiro
“No meio desta boiada.”
Faltam escolas para a juventude
E creche para a molecada
Para o povo, falta saúde
E ruas asfaltadas.
Gastam mal o dinheiro
Pra gente não sobra nada.
Com todo este desmantelo
Ta faltando um boi vaqueiro
No meio desta boiada.
Quando fazem a política
Sobra insulto e tome crítica
E nunca resolvem nada
E quem se dar bem
É a classe mais rica
Pra nós, só sobra pancada.
Dá saudades do tabuleiro
E de botar o pé na estrada
Ta faltando um boi vaqueiro
No meio desta boiada.
A câmara municipal
Pense numa gente folgada
Só falam em dinheiro
E no tamanho da mesada
Só tem projetos e mensageiros
Falam de tudo e não aprovam nada
São muito encrenqueiros
Quase saem na porrada
Ta faltando um boi vaqueiro
No meio desta boiada.
Tem vereador
Com pinta de galã
Que gosta muito de aparecer
No radio e na TV
Pela tarde e de manhã
Dá uma de justiceiro
Quando está na bancada
Só fala o tempo inteiro.
Ta faltando um boi vaqueiro
No meio desta boiada.
Na área da educação
Tem também muita mancada
Nós vamos na contra-mão
No trato com a molecada
Falta farda e
lapiseira
Boa bancada e carteira
Fica em pé o tempo inteiro
E chegam em
casa cansados
Ta faltando um boi vaqueiro
No meio desta boiada.
Na questão da saúde
A coisa não muda não
Falta mais atitude
E sobra desatenção
Falta medico hospitaleiro
Que dê mais atenção
Enfermeiras mais ordeiras
Que sejam mais educadas
Ta faltando um boi vaqueiro
No meio desta boiada.
A população merece respeito
E ser bem tratada
Manter os seus direito
Por ela conquistada
Não merece este desprezo
Por sua pátria amada
Queremos ser mais ordeiro
E ficar bem nesta parada
Ta faltando um boi vaqueiro
No meio desta boiada.
Petrolina, 12/04/2011.
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